sexta-feira, 22 de maio de 2009

Fazer ou não fazer xixi durante o banho? Eis a questão.

A S.O.S Mata Atlântica, uma das mais conceituadas entidades ambientais do Brasil e com grande visibilidade em todo o mundo, lançou uma campanha polêmica sobre economia de água, que atinge a intimidade de cada um acerca do “chamado da natureza”. Essa polêmica campanha nos convida a urinar durante o banho ! “Ora pois”!
Quando criança confesso que tinha esse hábito, e nós mulheres com nossa anatomia privilegiada, até que conseguimos acertar direto no alvo ( ralo) com a ajuda da força de gravidade, já os meninos....( rs)....
A minha mãe ficava aos berros procurando quem “carniçou” o banheiro daquele jeito, e lá ia ela com o balde, vassoura, sabão e alvejantes eliminar aquele fedor dos infernos.
O vaso sanitário tem uma importância histórica bem maior do que imaginamos. Ele ocupa a 16º colocação no livro “ As 100 maiores invenções da história” do escritor americano Tom Philbin .
Em 2007, o museu Gladstone Pottery, da cidade britânica de Stoke-on-Trent, assegurou junto à União Européia uma verba de mais de 2 milhões de dólares com a finalidade de contar a história do vaso sanitário.
Historicamente o ato de ir ao banheiro tinha relevante importância para os povos. Na Roma Antiga, por exemplo, era comum o uso de latrinas coletivas para realizar debates, banquetes e encontros cívicos.
O inventor do “trono nosso de cada dia” foi um poeta inglês chamado John Harrington, afilhado da Rainha Elizabeth I, no ano de 1596, mas já houvem relatos deste conceito existir a mais de quatro mil anos.
A invenção do sr Harrington foi aperfeiçoado pelo também inglês, mecênico engenheiro Joseph Bramah em 1778, que adicionou ao invento a bacia sanitária com descarga hídrica, o que possibilitou que os dejetos fossem eliminados por sucção.
Segundo a arquiteta Fernanda Araujo, a popularização do vaso sanitário começou com o rápido crescimento demográfico, a partir da Idade Moderna, pois as Revoluções Industriais trouxeram consigo, além da inauguração da produção em larga escala e da formação da cidade moderna, e as políticas públicas de saneamentos que ganharam força, o que impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias complementares ao vaso sanitário, como a descarga, os vasos sanitários, os sistemas de esgoto, a contaminação dos mananciais e por aí vai...
Assim, o vaso sanitário ganhou popularidade e se transformou em objeto de primeira necessidade nas residências, provocando a melhoria das condições de saúde de milhões de pessoas, tanto nas habitações particulares quanto nos espaços públicos.
Só espero que ninguém saia por aí sugerindo façamos xixi nas piscinas dos clubes ou que voltemos às fossas sépticas - lá não se gasta nem uma gota de água!
Fazer ou não fazer xixi durante o banho?

Eu, tô fora ! E você?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores