Os habitantes da pequena cidade de Marburg, na Alemanha, foram os primeiros a sentir os efeitos da nova tendência política que se espalha na Europa: a da “ditadura ecológica”. O Prefeito “verde” Franz Kahle conseguiu impor suas idéias de uma cidade limpa e de baixo consumo de energia convencional ao obrigar os cidadãos a mudar seu sistema elétrico para solar. A Câmara de Vereadores dessa cidade de 80 mil habitantes aprovou a Lei que multa em até 15.000 Euros todos aqueles recalcitrantes que não adaptarem os tetos das suas casas para gerar energia fotovoltaica. A Lei exige que todas as novas e as recentes construções sejam “edifícios inteligentes” de baixo consumo energético, com reciclagem de lixo, tratamento de esgoto próprio e com reuso de água. Para facilitar a mudança, o município financia a instalação das células solares em até cinco mil Euros.
Segundo os cálculos da Prefeitura, os benefícios pelo baixo consumo compensarão o investimento. Nesse clima de contenção de emissões de dióxido de carbono, a Organização Internacional de Construtores de Automóveis garantiu recentemente que o setor automotivo quer participar das soluções com relação às mudanças climáticas “mas não pode fazê-lo sozinho” e destacou que os transportes nas estradas somam 16% do total das emissões de CO2 no mundo e que 44% do total correspondem à indústria elétrica e ao aquecimento dos lares nas latitudes mais frias. Ao mesmo tempo, os Ministros do Meio Ambiente do G8, em conjunto com outras grandes economias emergentes (China, Coréia e a Índia), concordaram numa reunião realizada em final de Maio em Kobe, Japão, em buscar formas de reduzir essas emissões de gases de Efeito Estufa.
De face à realidade que se apresenta cada vez mais preocupante, a Comunidade Européia reativou a proposta para a criação de um fundo global de capitais de risco na ordem dos cem milhões de Euros para a promoção das energias renováveis e de projetos de eficiência energética em países em desenvolvimento ou com economias em transição. O Fundo Global de Energias Renováveis e Eficiência Energética visa acelerar a transferência e desenvolvimento de tecnologias ambientalmente corretas e, assim, contribuir para uma maior segurança de abastecimento energético nas regiões mais pobres do globo. Como medida imediata, o Parlamento Europeu aprovou no final de Maio, em Estrasburgo, uma diretiva baseada no “Princípio Poluidor Pagador” que criminaliza as infrações ambientais, prevendo severas sanções penais contra os poluidores.
O texto estabelece um conjunto de “regras mínimas” onde define o que é considerado crime ambiental. A ditadura ecológica já começou e será irreversível nos próximos anos. O ideal seria que os municípios brasileiros, e da América Latina em geral, em vez de contribuir cada vez mais para aumentar a poluição, elaborassem leis em benefício do desenvolvimento sustentável. Não há uma explicação lógica, nos dias atuais, para investimentos em perigosas usinas nucleares nem em hidroelétricas localizadas a milhares de quilômetros dos centros de consumo de energia elétrica, quando os bons exemplos de geração de energia limpa se multiplicam pelo mundo afora.
Segundo os cálculos da Prefeitura, os benefícios pelo baixo consumo compensarão o investimento. Nesse clima de contenção de emissões de dióxido de carbono, a Organização Internacional de Construtores de Automóveis garantiu recentemente que o setor automotivo quer participar das soluções com relação às mudanças climáticas “mas não pode fazê-lo sozinho” e destacou que os transportes nas estradas somam 16% do total das emissões de CO2 no mundo e que 44% do total correspondem à indústria elétrica e ao aquecimento dos lares nas latitudes mais frias. Ao mesmo tempo, os Ministros do Meio Ambiente do G8, em conjunto com outras grandes economias emergentes (China, Coréia e a Índia), concordaram numa reunião realizada em final de Maio em Kobe, Japão, em buscar formas de reduzir essas emissões de gases de Efeito Estufa.
De face à realidade que se apresenta cada vez mais preocupante, a Comunidade Européia reativou a proposta para a criação de um fundo global de capitais de risco na ordem dos cem milhões de Euros para a promoção das energias renováveis e de projetos de eficiência energética em países em desenvolvimento ou com economias em transição. O Fundo Global de Energias Renováveis e Eficiência Energética visa acelerar a transferência e desenvolvimento de tecnologias ambientalmente corretas e, assim, contribuir para uma maior segurança de abastecimento energético nas regiões mais pobres do globo. Como medida imediata, o Parlamento Europeu aprovou no final de Maio, em Estrasburgo, uma diretiva baseada no “Princípio Poluidor Pagador” que criminaliza as infrações ambientais, prevendo severas sanções penais contra os poluidores.
O texto estabelece um conjunto de “regras mínimas” onde define o que é considerado crime ambiental. A ditadura ecológica já começou e será irreversível nos próximos anos. O ideal seria que os municípios brasileiros, e da América Latina em geral, em vez de contribuir cada vez mais para aumentar a poluição, elaborassem leis em benefício do desenvolvimento sustentável. Não há uma explicação lógica, nos dias atuais, para investimentos em perigosas usinas nucleares nem em hidroelétricas localizadas a milhares de quilômetros dos centros de consumo de energia elétrica, quando os bons exemplos de geração de energia limpa se multiplicam pelo mundo afora.
René Capriles e Lúcia Chayb - Revista ECO 21 - 01/07/2008
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